Você é uma daquelas pessoas que amam o frio? Ou é daquelas que não veem a hora de o calor voltar? Independentemente da sua preferência, o fato é que todo mundo precisa adotar alguns cuidados com a pele no inverno.
Com as baixas temperaturas e a redução da umidade do ar, o tecido cutâneo fica sujeito ao ressecamento, o que deixa a pele mais áspera, sensível e propensa a lesões. Conheça as principais dicas para evitar esses problemas:
O rosto é uma das regiões mais expostas ao vento frio, por isso ele precisa de cuidados especiais. Embora o hidratante facial seja fundamental para quem tem a pele seca, pessoas com a pele oleosa também devem utilizá-lo para prevenir a perda de água e recuperar a barreira de proteção do tecido cutâneo.
O hidratante para pele seca pode ser à base de uréia, aloe vera e óleo de amêndoas, enquanto a pele normal pode se dar melhor com ativos como vitamina A e E. Já para as peles mista e oleosa, deve-se escolher um hidratante oil-free com textura em gel.
A pele que recobre os lábios é muito fina e delicada, ficando ainda mais sujeita às rachaduras provocadas pelo ressecamento. Por isso, recomenda-se utilizar um hidratante labial várias vezes ao dia, protegendo-os contra o frio, o vento e a baixa umidade do ar.
Lembre-se de que umedecer os lábios com saliva pode até proporcionar alívio temporário, mas esse hábito tende a ressecá-los ainda mais. Além disso, evite puxar as “pelezinhas” que se soltam com os dentes, pois isso pode causar sangramentos.
Mãos, cotovelos e joelhos são regiões do corpo que têm poucas glândulas sebáceas, o que faz com que elas produzam uma quantidade menor de óleo e fiquem mais vulneráveis aos prejuízos causados pelo frio.
Portanto, os cuidados com a pele no inverno também incluem o uso de um hidratante corporal para evitar a perda de água e uma esfoliação suave quinzenal ou conforme as necessidades para remover as células mortas.
A radiação UVB, que é a maior causadora das queimaduras, é mais intensa no verão. Entretanto, os raios UVA, que aceleram o envelhecimento e aumentam ainda mais o risco de câncer de pele, têm a mesma intensidade o ano todo.
Por isso, o protetor solar deve ser utilizado diariamente mesmo no inverno, inclusive em dias nublados, pois a radiação atravessa as nuvens. Escolha um produto adequado para o seu tipo de pele e com FPS 30 ou superior.
Por mais que seja tentador tomar um banho bem quentinho, deve-se dar preferência à água morna em vez da quente para evitar danos à camada protetora da pele. Além disso, é recomendável utilizar sabonete neutro e evitar o uso de esponjas e buchas muito ásperas, que agravam ainda mais esse efeito.
Outro motivo para evitar banhos muito quentes é que eles podem causar a descamação do couro cabeludo. A dermatite seborreia (caspa) é mais acentuada no inverno devido à maior velocidade do crescimento das células, e a água quente pode desequilibrar ainda mais a produção de sebo.
Além de ter uma alimentação saudável no geral, é importante consumir os nutrientes que favoreçam os cuidados com a pele. Este é o caso das isoflavonas, presentes na soja, que ajudam a evitar o ressecamento por preservar o conteúdo de água e proporcionam mais elasticidade ao tecido cutâneo.
A vitamina E e o selênio, que contribuem para conservar a qualidade da pele, são encontrados em oleaginosas, como castanhas, nozes e amêndoas. E uma boa notícia para quem é fã de chocolate: a versão amarga contém flavonóides, substâncias com efeito antioxidante que também são benéficas para a pele.
Mesmo que você sinta menos sede no inverno, é essencial tomar muita água para permitir o bom funcionamento do organismo e preservar a hidratação e a integridade da pele, evitando o ressecamento e a descamação.
Aproveite os dias mais frios para complementar o consumo de água com chás naturais sem açúcar. Procure apenas evitar o chá preto, que tem efeito desidratante.
Caso você já tenha a pele bastante sensível ou ela esteja muito ressecada, avermelhada ou apresentando alguma lesão, é fundamental conversar com o dermatologista para obter o diagnóstico correto e descobrir a melhor forma de tratamento.
Além disso, esse médico vai orientar você sobre os produtos mais adequados para o seu tipo de pele, levando em consideração características como nível de oleosidade, tendência ao ressecamento e grau de sensibilidade
Fonte(s): Sociedade Brasileira de Dermatologia e Folha de São Paulo